quinta-feira, 30 de outubro de 2008

com o coração na língua por Sinclair Ferguson


Esse é o segundo post de autoria de outrem. Sinclair Ferguson é um ministro fiel. Escocês de nacimento, ele tem se dedicado ao ministério da Palavra por meio da pregação, autoria de livros e edição de livros. Atualmente ele ministra numa Igreja Presbiteriana na Carolina do Sul, Estados Unidos. Foi ali, num conferência organizada por John Piper, que ele disse essas palavras:

Uma das coisas que a Bíblia nos ensina é que nós somos uma unidade. Por isso, cada aspecto do nosso ser, me parece, transparece quem nós realmente somos naquilo que a Bíblia diz ser o nosso coração. É isto que claramente permanece como direção central que impulsiona a identidade do nosso ser. Eu creio que porque o modo de comunicação que nós usamos mais é o falar, este é o primeiro e mais óbvio lugar onde nós iremos revelar nosso coração. Eu acho que nós o revelamos de outras formas, mas pode ser que estejam disposicionalmente escondidos. Na verdade, em tudo o que fazemos ou toda reação que temos, é uma expressão de nós mesmos. Eu realmente acho que um princípio norteador daquilo que eu estou fazendo no ministério do Evangelho e na exposição das Escrituras, é enfatizar que tudo o que eu faço não é uma aberração, mas uma revelação de quem eu realmente sou.

As Escrituras usam uma linguagem bem forte sobre como a língua é uma porta aberta. Na verdade, eu usei uma ou duas vezes, recentemente, que a imagem que eu tenho da língua na minha mente é aquela dos filmes antigos que eu costumava ver. Na era pré-moderna, se eles queriam expressar a disseminação de alguma notícia incrível, eles mostrariam um bando de repórteres correndo para os telefones e os pegando para ligar para os jornais. Então você veria os rolos de jornais sendo impressos. Este era o jeito, eu acho, na tecnologia pré-moderna, de tentar expressar que a notícia se espalhava pra todo lugar. Eu comecei a pensar, pelo menos isso me ajuda, que a maneira que nós usamos a nossa língua como aquele grupo de repórteres correndo para o mundo para dizer o que está acontecendo dentro do coração.

Então, no caso das palavras duras de nosso Senhor aos fariseus – o que eu penso trazer questões derradeiras sobre a, assim chamada, nova visão dos fariseus – Ele reservou sua linguagem mais confrontante para eles. O que ele realmente estava dizendo o tempo todo era que o veneno estava em seus lábios. E, isto quer dizer que você não pode continuar usando sua boca sem que o veneno saia. Aí, você se torna tão acostumado com o sabor do veneno que você nem percebe que ele está ali. Existem várias manifestações óbvias disso no modo como as pessoas usam o nome de Deus em vão. Sem pensar, sobre as palavras cruéis que usam, elas se tornam quase como pontuações em seus vocabulários. Eles se tornam tão acostumados com o veneno que eles nem o sentem mais. De novo, isso volta àquilo que eu acho ser um princípio básico de todos em direção à santificação. Caminhar para santificação envolve o Senhor nos mostrando como é aquele processo demorado, a demora da herança do veneno do pecado, que uma vez reinou. O vínculo ainda está lá, mesmo que o pecado não reine mais; e, a vida de santificação está ali, está vindo a ser, e virá na experiência da revelação do meu coração e isso sairá pelos meus lábios. A única forma de ter uma língua santa, é ter um coração limpo.

nossa posição e condição

Uma das maiores lutas travadas pelos cristãos diz respeito ao seu andar em santidade. Esse foi o assunto tratado dois posts atrás, onde escrevi sobre a luta pela santidade. Temos um novo coração, mas ainda há em nós aspectos da velha natureza e, assim, está armado o campo de batalha entre esses dois. Nesse momento, porém, quero tratar de algo que está acima dessa batalha. Claro que haverão perdas e ganhos, mas o que faremos quando perdemos?
Nas perdas, será que temos de desconfiar da nossa salvação? Ficaremos desesperados e nos entregaremos ao que é velho? De forma alguma!

É do entendimento geral, pelo menos deveria, que Israel é como um protótipo da Igreja (mesmo que parte de Israel realmente faça parte da Igreja). Quase tudo, se não tudo, do que é dito sobre Israel pode ser aplicado à Igreja. Em Miquéias 7:8 lemos o seguinte: ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz. É totalmente desnecessário dizer que Israel caiu, caiu e caiu. Miquéias fala aqui sobre uma dessas quedas.

O que ele diz é que o povo de Deus pode até cair, mas ele se levantará. Ele se levantará, não porque ele é forte e poderoso, mas porque Deus é forte e poderoso. O que é dito é que o justo pode até manchar a sua condição, mas ele jamais cairá de sua posição. Por que é assim? Porque a condição do crente, se ele está crescendo e amadurecendo na fé, é algo que pressupõe esforço de sua parte – ainda que receba muita ajuda divina. Já a sua posição de alguém que é salvo, não depende de seus esforços, mas do esforço do próprio Deus. Por ser assim, a posição do filho de Deus não muda por conta de seus tombos, mas a sua condição muda. Uma não muda, por depender de Deus exclusivamente e a outra muda, por depender, não exclusivamente, do próprio homem.

Fica clara, então, a importância do entendimento da salvação unicamente pela Graça. Há a esperança de salvação, exatamente porque é algo operado exclusivamente por Deus e, o mesmo pode ser dito sobre a perseverança dos santos. Deus, não nós, é a luz no meio das trevas. Na verdade, nós fazemos parte das trevas. O fato de podermos nos levantar e caminhar, é porque adiante de nós está Deus, como uma luz que ilumina o nosso caminho para que não mais tropecemos. Nossa confiança deve estar na nossa posição (Deus nos colocou no caminho) e não na nossa condição (estamos em pé ou caímos).

terça-feira, 21 de outubro de 2008

a intolerância da tolerância por D.A.Carson

Nunca postei textos de outras pessoas aqui, mas vou abrir algumas exceções nesses próximos posts. Vou começar por este texto que eu transcrevi e traduzi de um sermão de D.A.Carson que está disponível aqui. É um texto totalmente atual e cada linha é rica em sabedoria. Aproveitem!

É importante entender que a noção de tolerância neste sentido tem uma certa herança intelectual que tem sido mudada pelo pós-modernismo. No paradigma modernista, a tolerância parece com isso: Eu posso discordar de você, mas eu insisto no seu direito de articular sua opinião, não importa quão estúpida e ignorante eu penso que ela seja. Em outras palavras, isto significa que há tolerância em favor do indivíduo para falar coisas com as quais eu discordo. Tolerância vai de encontro com indivíduos. Mas, há um ferrenho debate no nível do conteúdo e da substância. Então, eu posso discordar profundamente com a interpretação histórica marxistas, mas eu sou uma pessoa tolerante de acordo com o regime moderno. Eu insisto no direito da historiografia marxista de articular suas opiniões, mas ao mesmo tempo, de acordo com a visão ocidental de tolerância e no campo moderno, eu insisto no direito do capitalista de articular suas visões e do teísta articular suas visões ou o que for, não importa o quão certo ou errado eu acho que eles estejam. Então, a não ser que seja algo profundamente conturbante para o bem estar público; como por exemplo, alguém que chega para advogar veementemente a pedofilia.

Então a noção de tolerância de permite a defender quase todos ensinando quase tudo.
Porque de acordo com o paradigma modernista, a suposição é que, na área da disputa das idéias, a verdade virá à tona. Existe uma verdade para ser procurada. Existe uma verdade para ser buscada. A verdade é, em última análise, desejável e apreensível. Em outras palavras, esta visão de tolerância está presa a uma certa visão da verdade, uma certa epistemologia. Mas, uma vez que você muda a epistemologia e perde a visão da verdade, a própria tolerância é redefinida.

Agora, tolerância significa que você não pode dizer que ninguém está errado. Está é a coisa errada a dizer. Mas agora perceba, nesta visão de tolerância, você não é tolerante com os indivíduos, você é tolerante com as posições. Agora, tolerância é dirigida a todas as visões que são articuladas, porque você não está na posição de dizer que nenhuma visão é errada. A única coisa que não é tolerada é a visão de que esta visão de tolerância é errada. É isso que você tem, a intolerância da tolerância. Pior, se alguém chega e diz que está visão de tolerância é errada – de acordo com esta nova visão de tolerância – esta pessoa não é tolerante e por isso, essa pessoa não pode ser tolerada. Esta pessoa é uma intolerante.

Porque não há entendimento de tolerância dirigida aos indivíduos, mas somente às idéias – com exceção da idéia que diz que essa visão de tolerância é errada. Por isso, o campus universitário pode se tornar um lugar muito amedrontador para qualquer um que diz talvez haver um certo e um errado absolutos no fim das contas ou uma verdade absoluta.
Eu argumentaria que esta visão de tolerância é, de fato, logicamente incoerente. Eu não digo simplesmente que é inconsistente, é inconsistente, pois prova ser intolerante. Mas eu não me refiro a isso, eu digo ser algo pior. Eu creio ser incoerente, porque a própria noção de tolerância, de acordo com qualquer regime, pressupõe que você deve discordar de alguém ou algo, antes que você possa tolerá-lo. Você vê, seu eu digo, no meu campus universitário, que eu tolero alguém que promove o islã ou o marxismo ou qualquer coisa, eu tenho que discordar primeiro, antes de usar a palavra tolerar. Se eu digo, que você não está nem mais certo e nem mais errado do que eu e eu concordo com você, eu te tolero. É incoerente, nem faz sentido.

Para ser capaz de tolerar alguma coisa você deve discordar com a mesma em primeiro lugar. Mas, se de fato você não está numa posição de dizer que nenhuma posição está errada, como você pode falar em tolerar algo? Por isso eu argumento que esta nova definição de tolerância não é somente inconsistente, é incoerente e prova, de fato, ser menos tolerante do que o tipo de tolerância que existia no modernismo. Porque no ponto exato onde discorda mais com a posição intolerante, ela acaba eliminando todos os oponentes como intolerantes e ignorantes e, por isso, se torna, de fato, totalitária.

luta pela santidade



Em 2 Coríntios 7:1 Paulo faz uma exortação aos membros da Igreja daquela localidade. A exortação segue assim: purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus. Claro que toda a instrução que diz respeito à santidade cristã, não é simples e nem fácil. O apelo de Pedro, parafraseando o Velho Testamento, para que os cristãos sejam santos, como Deus é santo ou para que sejam perfeitos, como Deus é perfeito, não é de forma alguma uma tarefa de fácil realização. Mas, a dificuldade jamais nos será desculpa para a negligência.

Creio que existem dois pontos de difícil entendimento sobre a doutrina da santificação. A primeira é a sua conciliação com a regeneração ou novo nascimento. Se, pelo poder do Espírito Santo, nascemos de novo, por que ainda existe impureza no nosso coração? E, a segunda dificuldade está na impossibilidade da perfeição. Somos exortados a sermos completamente puros e perfeitos, mas esta é uma tarefa impossível de ser cumprida aqui (1 João 1:8). Será que há alguma justificativa para as diversas exortações para sermos santos, para nos apresentarmos perfeitos diante de Jesus etc.? Creio que há sim.

Com relação à segunda dificuldade podemos dizer o seguinte. Não precisamos chegar à perfeição. As exortações para que nos purifiquemos ou nos santifiquemos, não dão expectativas de que isso poderá ser feito. Mas, nos exortam no sentido de que é este o caminho que os filhos de Deus devem trilhar. Paulo diz que devemos realizar isso no temor de Deus, ou seja, a busca pela santidade é baseada na reverência e respeito à pessoa de Deus. Assim como Pedro diz, porque Ele é santo ou porque Ele é perfeito, façamos tal e tal coisa. A santidade está baseada, não na esperança de a alcançarmos com perfeição, mas na exigência feita pelo próprio Deus. Quem o ama, deve praticar aquilo que Ele diz (João 14:21). A santidade é obediência aos mandamentos de Deus. Mandamentos esses que expressam a pessoa de Deus, pois Suas palavras são revelações de Seu ser.

Quanto à primeira dificuldade, a situação é mais delicada. A regeneração é um fato, não há como questioná-la. A regeneração envolve um novo coração. Talvez essa seja a doutrina mais maravilhosa de toda a Bíblia. Deus troca corações de pedra por corações de carne. Corações endurecidos pelo pecado por corações amolecidos pelo Seu amor. Por que então ainda há pecado em nós? Obviamente, temos que entender que Deus faz as coisas com propósitos definidos e, estes propósitos, são bons. Sendo assim, o fato de Deus ter deixado em nossos novos corações um restolho de pecado deve ter algum propósito. Creio que a melhor ilustração disso vem do Velho Testamento. Deus não deu uma terra para o povo na qual ninguém habitava. Não era um lugar despovoado e sem inimigos. Deus deixou na terra prometida uma quantidade de inimigos para que o povo pudesse lutar contra eles. Podemos tirar muitas lições disso, mas a principal delas é que Deus prometeu que os inimigos seriam vencidos. O restolho de pecado em nossos corações é um inimigo cruel. Muitas vezes ficamos embasbacados com os maus pensamentos que nos atacam, os maus desejos que nos vem, as tentações sensuais que aparecem etc.

Este restolho é só um restolho, mas está sempre em busca de se manifestar, sempre querendo se revelar maior do que é e, com isso, tentando nos fazer pensar que ele é a grande parte. Mas isso é uma mentira. Temos um novo coração com um restolho de pecado e não um amontoado de pecado com um pouco de novo coração.Deus nos deu um novo coração que é apto a obedecer aos Seus mandamentos. Ele não nos daria algo inferior. A exortação à santidade poderia ser resumida no seguinte. Não deixe que o restolho do pecado em você se revele de maneira desproporcional ao que ele é. Deixe que o seu novo coração se manifeste e se revele, pois dessa forma esse restolho será cada dia mais suprimido. O inimigo existe aí para ser vencido. A batalha é dura, conquistas e derrotas acontecerão, mas a promessa de Deus é que a vitória já veio e é nossa em Cristo Jesus. A vitória que temos garantida, não deve nos fazer preguiçosos nessa luta, mas é o que deve nos motivar ainda mais para prosseguirmos nessa grande guerra contra o pecado

sábado, 4 de outubro de 2008

a grande apostasia



Eu nunca fui muito chegado a ler, e muito menos a escrever, sobre assuntos escatológicos. Tenho três causas pra isso. Em primeiro lugar está a complexidade do assunto; apesar da quantidade significativa de trechos bíblicos que falam sobre os acontecimentos dos últimos dias, tanto no N.T. quanto no O.T., a grande maioria não fala com muita clareza e, normalmente, estão inseridos em contextos que falam sobre outros assuntos. Outra causa, é porque cada geração acaba interpretando os acontecimentos de uma maneira a trazer a Parousia (segunda volta de Jesus) para o seu próprio tempo. Isso aconteceu e acontece porque os últimos dias são mencionados na Bíblia como incluindo toda a era cristã e não somente aos últimos 100 dias do mundo ou algo assim. E, por último, por causa da minha insuficiência intelectual pra lidar com o assunto.

Porém, nesses últimos dias eu tenho pensado e orado sobre este tema e assim me sinto mais confortável para escrever algumas coisas. O que mais tem ocupado a minha mente quando penso nos últimos dias é a apostasia que tem que acontecer. Escolhi especificamente o texto de 1 Timóteo 4:1, que diz: Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios. Mas existem muitos outros (a carta de Judas inteira; Atos 20:29,30; 2Pedro 3:3,16 e 17). Em muitos textos que dizem sobre os últimos dias, a apostasia, ou o desvio da fé, é mencionada. Essa é uma característica dos últimos dias, um tempo onde muitos daqueles que professam a fé em Cristo, na verdade provarão não fazerem parte da Igreja, do corpo de Cristo (1 João 2:19).

Em alguns textos, como em 1Timóteo 4, é dito que os apóstatas fazem exigências de abstinência mais duras do que o devido e falam que por meio disso obterão a salvação. Porém, em outros textos, é dito que os apóstatas são aqueles que acham que já que a salvação é garantida por Jesus, então tudo é permitido. Nos dois casos, a apostasia consiste dos que um dia professaram a fé verdadeira e faziam parte da comunhão da Igreja, mas acabaram abandonando a fé, distorcendo-a para se adequar a alguma outra filosofia. A apostasia é sempre uma hipocrisia, pois tem um pouco de verdade misturada com a mentira. Obviamente que hoje vivemos nos últimos dias e, por isso, vivemos um tempo de grande apostasia. Na verdade, parece que a apostasia vai se acumulando, pois os erros nunca morrem por completo, mas vão tomando outras formas. Essas diferentes formas se tornam cada vez mais sutis e devastadoras.

Hoje vivemos um tempo onde milhares e milhares de pessoas se dizem cristãs e freqüentam alguma igreja. Mas, definitivamente, são apóstatas, pois acreditam em distorções do verdadeiro evangelho e as propagam. São hipócritas que vivem uma mentira e acreditam estarem na verdade. Um ponto interessante no texto de 1Timóteo 4 é que Paulo diz que a apostasia não é quando o camarada assumi a sua mentira, não é quando há separação e surge uma nova seita, como no caso dos Testemunhas de Jeová e Mórmons; não, mas a apostasia acontece no momento em que a verdade é negada, mesmo que a pessoa continue a fazer parte de uma igreja. Por exemplo, a igreja católica é apóstata, mesmo que se considere a verdadeira Igreja. Para Paulo, a essência da apostasia é essa sutileza devastadora e mesmo que nunca surja uma seita oficial, ainda assim são apóstatas.

Eu acredito que, mesmo que não haja a necessidade dessa confissão oficial do erro, haverá um momento em que muitos se afastarão por completo até dos prédios das igrejas. A fé dos apóstatas é muito frágil e se baseia naquilo que é passageiro (prosperidade pessoal, paz internacional, bons relacionamentos, boas obras, racionalidade, evolução etc.). O momento em que o mundo enfrentar uma crise mundial, seja financeira, como nós poderemos ver logo, ou política, acarretando numa guerra (o que não é tão difícil no meio de uma crise financeira). Nesses momentos de insegurança e desconforto, é bem provável que os apóstatas irão assumir a fragilidade de sua fé e se afastarão totalmente da Igreja verdadeira. Parece que esse momento está muito próximo e aí então veremos quem são as ovelhas e quem só tem a fantasia de ovelha. Vigiais, pois, porque não sabeis a hora (Mateus 24:42).